domingo, 30 de setembro de 2012

Estudo aponta que doenças tropicais são negligenciadas.


Um estudo apresentado durante o 18º Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária alerta sobre três doenças com menos investimentos por parte de doadores internacionais e dos países afetados: doença de Chagas, doença do sono e calazar, enfermidades altamente tratáveis e curáveis e causadas por parasitas Tritryps.
Anualmente,cerca de 500 mil pessoas morrem por 17 doenças tropicais negligenciadas pelo governo e autoridades nacionais e internacionais.Esta informação faz parte do relatório Combatendo a Negligência, documento lançado pela MSF (organização humanitária Médicos sem Fronteiras ).
Lucia Brum,técnica em doenças emergentes da MSF,diz que: “Não há interesse por parte da indústria de insumos médicos, pois essa população afetada não tem poder aquisitivo para comprar esses remédios. Cerca de 90% dos investimentos em pesquisa são em cosméticos e apenas 0,1% vão para as doenças negligenciadas que afetam 80% da população mundial. Quando falamos de doenças negligenciadas, falamos de pessoas negligenciadas. Por isso os governos precisam atuar mais para amplificar os programas de prevenção e combate às doenças tropicais”. E ainda acrescenta que:
“No Brasil só é obrigatória a notificação de casos agudos e o protocolo nacional, do ponto de vista de saúde pública, diz que o tratamento só deve ser oferecido a pessoas com infecção até 12 anos. Achamos que é um direito humano ter acesso ao diagnóstico a esse tratamento, apesar das limitações, efeitos adversos, complicações durante o tratamento que é longo e com efeitos adversos”.

Talita.

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